EDUARDO CUCOLO
DE BRASÍLIA
As reservas internacionais do Brasil alcançaram o patamar recorde de US$ 350,9 bilhões na última quarta-feira (10), segundo dados do Banco Central. DE BRASÍLIA
Esse seguro contra crises é hoje cerca de 70% maior que o verificado nas vésperas da quebra do banco Lehman Brothers, em setembro de 2008.
O Brasil é o sexto país com o maior nível de reservas, atrás da China, Japão, Rússia, Arábia Saudita e Taiwan, segundo dados do FMI (Fundo Monetário Nacional) e dos bancos centrais desses países.
Quase 90% dos recursos estão aplicados em títulos, principalmente dos EUA. Os papéis da dívida norte-americana respondem por cerca de 60% das reservas. Há também dinheiro em depósitos fora do país, recursos no FMI e um pequeno percentual de ouro (0,5%).
O aumento das reservas nesse ano foi de 21%, o maior percentual as 12 economias que possuem um volume superior a US$ 200 bilhões. A China, com US$ 3,2 trilhões, registrou o segundo maior crescimento, de 12% até junho (último dado divulgado).
SEGURO
Para manter esse seguro, o país gasta por ano, segundo cálculos de economistas, cerca de R$ 50 bilhões (US$ 30 bilhões), o que supera os investimentos federais e equivale ao corte no Orçamento de 2011.
O aumento das reservas nos últimos anos não está ligado, no entanto, ao objetivo de ter um seguro maior, mas à necessidade de retirar do mercado parte dos dólares que entram no país para evitar uma valorização maior do real, que prejudica o setor exportador.
O Brasil já recebeu US$ 59,2 bilhões neste ano, 143% acima do verificado em todo o ano de 2010. O BC comprou US$ 47,5 bilhões.
Outros países também registraram aumento significativo das reservas nos últimos anos. Nessas economias, no entanto, os juros são menores, o que reduz o custo que elas têm para manter esse seguro.
Estudo do BC apresentado no ano passado traz um cálculo diferente do feito pelo mercado: estima um custo de R$ 68 bilhões entre 2004 e 2010 para manter as reservas, que trariam benefício da ordem de R$ 600 bilhões para a economia em momentos de crise, ao evitar uma fuga de dólares do país.
11/08/2011 - 15h39
Fusões e aquisições diminuem no país
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CAROLINA MATOS
DE SÃO PAULO
O número e o volume movimentado em operações de fusão, aquisição, oferta pública de aquisição de ações e reestruturações societárias no país foram menores no 1º semestre de 2011 que no mesmo período do ano passado. DE SÃO PAULO
De acordo com balanço divulgado nesta quinta-feira pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), essas operações giraram R$ 75,3 bilhões. Nos primeiros seis meses de 2010, foram R$ 91,7 bilhões.
Apesar disso, destaca a Anbima, o valor apresentado hoje é o segundo maior da série histórica, que começa em 2006.
Em relação ao número de operações, foram 73 de janeiro a junho de 2011. No mesmo período do ano passado, 75.
O setor que mais se destacou no semestre foi o de TI/Telecom, responsável por 45,3% do volume financeiro das operações do ano, movimentando R$ 34,1 bilhões. O segmento concentrou 9 das 73 operações do período.
Esse volume, ressalta a Anbima, foi "fortemente influenciado pela maior operação do semestre", a reestruturação societária das empresas controladas pela Telemar Participações, com volume de R$ 20,8 bilhões.
Também foi observada uma redução do número de operações com valores acima a R$ 1 bilhão. Elas eram 30% do total nos primeiros seis meses e também em todo o ano de 2010. Já no mesmo período de 2011, passaram a pouco mais de 20%.
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